(Entrevista) Coronel Benito Franco, ex-comandante da Rotam, diz que Operação Lázaro foi uma jogada política.
Lázaro Barbosa de Sousa foi morto pela polícia no dia 28 de junho de 2021. A Operação, com 300 homens da polícia, parecia coisa de cinema, com um batalhão de produtores, cinegrafistas e jornalistas, somando as figuras carimbadas do governo, em um claro exibicionismo explicito durante a chamada “caçada”.
A procura histórica e demorada poderia ter sido “evitada”,
afirma Benito Franco, ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas), que
chegou primeiro, fez o cerco, mas acredita ter sido sabotado no início da
Operação, por questões políticas e partidárias.
Na entrevista ao
Goiás24horas, o Coronel diz abertamente que a “espetacularização” de um
trabalho comum para a polícia “fez parte do esquema de marketing” do
ex-secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, que teria se aproveitado do
caso para “se promover”, pensando na futura candidatura a deputado.
Edson Melo,
ex-chefe de segurança de Caiado, que afirma ter matado Lázaro também foi
mencionado durante a entrevista. Benito Franco questionou o uso da imagem da
Rotam, feito por Edson, para promover um livro, possivelmente “fictício”, para
atender interesses particulares e políticos, já que ele é candidato e verbaliza
por aí que matou o bandido. Será? “O escudo da Rotam não pode ser usado desse
jeito” disse, mostrando contrariedade com a banalização tropa.
A entrevista foi
visualizada por 30 mil pessoas logo na primeira hora, além de ter sido
rapidamente compartilhada em outros perfis. Esta é a primeira de 3 partes e na
próxima Benito promete apresentar evidências de corrupção na Segurança Pública
do Estado durante o governo.
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