Festas de fim de ano acendem alerta contra disseminação do coronavírus.

 As festas de confraternização 2021 serão diferentes daquelas do ano passado e muito diferentes das do ano anterior.



Temas como covid, vírus, variante, imunização e tantos outros relacionados à área da saúde já se tornaram parte do vocabulário, porém o receio já não é dominante entre as pessoas com a flexibilização das regras sanitárias.

Embora boa parte da população esteja com esquema vacinal completo contra a covid-19, o momento não é de relaxar. As pesquisas ainda não comprovaram que a nova cepa ômicron pareça ser tão assustadora quanto o nome. Atualmente, o Brasil tem 19 casos confirmados e investiga sete suspeitos.

Ainda assim, autoridades da saúde pedem que a população mantenha os mesmos cuidados desde o início da pandemia.

“Os níveis de casos da doença em Goiás e no Brasil reduziram bastante. Temos de estar em alerta porque a ômicron pode mudar o cenário epidemiológico, da mesma forma que a delta. Por isso, é prudente que sejam mantidos o cuidado com a vacinação, distanciamento,  uso de máscara e evitar aglomeração”, orienta o infectologista Marcelo Daher.

Segundo ele, o surgimento da quinta variante pode ser explicada como uma forma de sobrevivência do microorganismo. Esse processo pode ser, inclusive, favorável às pessoas, principalmente com o aumento da proteção do corpo com os anticorpos desenvolvidos pós-vacina.

“Mutação é a incapacidade de um vírus produzir um clone de si mesmo. Então quando se replica, ele acaba produzindo um vírus diferente do original. Isso tem vantagens e desvantagens. Ele pode estar sob pressão seletiva e produzir vírus que escaparão dela ou produzir um vírus incompleto, com menor capacidade de infecção, de replicação”, explica o médico.

Imunização

A vacina continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a Covid-19. A enfermidade ainda não tem remédio com eficácia comprovada pela ciência, portanto, a imunização é o que evita casos graves e mortes.

Coma divulgação da descoberta ômicron no final de novembro e aumento de transmissão outorgados a ela e com a proximidade do Natal e Réveillon, a busca pela segunda dose tem aumentado em todo o País.

As vans de “Vacinação” da Prefeitura de Goiânia, por exemplo, aplicaram 6,3 mil doses de imunizantes contra a Covid-19 em duas semanas de funcionamento do serviço, iniciado em 03 de dezembro, poucos dias após ao anúncio da nova variante. A dose de reforço ou terceira dose estratégica, inclusive, auxilia no combate à letalidade da doença.

Terceira dose

No caso de crianças entre 5 e 11 anos de idade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a primeira aplicação de doses da Pfizer. Para a população em geral acima de 18 anos, a terceira dose funciona como um boom na produção de anticorpos porque a imunidade diminui ao longo do tempo. De acordo com o fabricante da Pfizer, a nova variante tem escape em relação a duas injeções da vacina, mas é neutralizada com terceira.

“Já se sabe que as três doses da vacina são eficazes, embora perca um pouco da eficácia final, mas tem eficácia contra o vírus sim. Chega a 70%. Talvez não reduza a capacidade de infecção, mas reduz a gravidade da doença, como vem sendo observado em alguns casos. A vacinação tem o seu efeito, apesar de ter sido diminuído com a ômicron”, complementa Marcelo.

O boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) com informações sobre a Covid-19 em Goiás datado de 16 de dezembro informa que há 943.102casos da doença. Destes, há o registro de 912.720pessoas recuperadas e 24.604 óbitos confirmados. No Estado, há 581.041 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 293.192 casos.

Para o cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, a ômicron  é “muito transmissível” , mas o pânico é dispensável porque “o mundo está mais bem-preparado com as vacinas desenvolvidas desde o início da pandemia.

 Fonte: Diário do Estado

 

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