PACÍFICA: Manifestação em Brasília ocorre sem conflitos em meio a gritos contra a corrupção.



Ato se concentrou entre a Praça do Aposentado e a Rodoviária, no centro da capital federal, em defesa da Petrobras e pedindo por reforma política no país.

Brasília – Uma concentração tranquila na região central de Brasília reuniu sindicalistas, estudantes, trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos e militantes diversos, pedindo reforma política e em defesa da Petrobras, e gritos de "golpe não". O grupo começou a se concentrar por volta das 14h, na chamada Praça do Aposentado, de onde chegaram vários ônibus saídos das cidades satélites do Distrito Federal. De lá, eles foram até a Rodoviária.
Durante a saída dos manifestantes, o único momento tenso foi quando um homem balançou uma bandeira do Brasil da janela de um dos prédios comerciais e gritou “Fora Dilma”. O grito foi repelido por vaias e gritos de “coxinha”.
"É preciso ajudar às pessoas que estão se sentindo confusas a discernirem suas dúvidas. O que é melhor? Lutar para fazer com que a presidenta cumpra com seu programa de governo ou pedir o seu impeachment para assumir essa oposição comprometida com o retrocesso e o que temos de pior e mais conservador no país?", questionou a advogada Erika Cavalcanti.
"O que queremos é reafirmar nosso compromisso com a democracia, com a garantia de direitos sociais e a defesa da Petrobras. E falar, também, que somos contra a expansão do pensamento neoliberal, privatista e elitista, que repercute um comportamento predatório e de ódio", acrescentou Fátima Andrade, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
"Estamos aqui para dizer em tom bem alto que a classe trabalhadora, da cidade e o campo, estará atento contra qualquer tipo de golpe. Viva a democracia, viva o povo brasileiro, viva o governo da presidenta Dilma eleito democraticamente”, afirmou o servidor da Câmara dos Deputados Robson Saraiva, que chegou cedo ao local da concentração.
Um pouco mais adiante do local da concentração, seis veículos com pessoas usando camiseta preta com a inscrição “Fora Dilma” formaram uma minicarreata pela Esplanada até o Congresso Nacional, com buzinas e pedidos de impeachment. Mas não houve confronto entre os grupos.
A preocupação com o ato e com a possibilidade de violência levou a Polícia Militar a montar um intenso esquema de segurança nas ruas desde o início da manhã. Isso fez com que várias repartições públicas alterassem o horário do expediente, para que os servidores saíssem mais cedo. Em razão disso, o trânsito ficou intenso nas vias que dão acesso à saída da cidade para os bairros da Asa Norte e Asa Sul, lagos Norte e Sul e regiões administrativas no final da tarde.

No início da manhã, a PM também divulgou que iria recolher máscaras de manifestantes e que iria revistar bolsas para impedir a utilização de objetos de garrafas ou objetos de vidro, fogos de artifício e suportes de qualquer tipo de material para bandeiras. O intuito era evitar manifestações como a observada em junho de 2013, quando um grupo destruiu uma das paredes de vidro do Palácio do Itamaraty com paus e a detonação de uma bomba. Balanço detalhado das apreensões realizadas só será feita no final da noite.

Prontidão

A PM informou ainda que será montado esquema de prontidão, durante todo o fim de semana, para evitar que as manifestações terminem em violência – tanto as de hoje, como as do próximo domingo ou eventos esporádicos que possam ocorrer amanhã.
Também no Palácio do Planalto, Dilma pediu aos ministros que integram o seu conselho político – Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa), José Eduardo Cardoso (Justiça), Pepe Vargas (Secretaria de Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretária-geral) e Ricardo Berzoini (Comunicações) – que permaneçam em Brasília, para o caso de ser necessária alguma reunião de emergência.
A presidenta cancelou viagem que faria a Belo Horizonte hoje, em razão do estado de saúde da sua mãe, dona Dilma, que se sentiu mal no final da manhã. De acordo com informações do Planalto, ela já está se recuperando.
Fonte: Rede Brasil Atual

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