sexta-feira, 17 de dezembro de 2021
Governador Ronaldo Caiado recebe comenda Henrique Santillo.
Festas de fim de ano acendem alerta contra disseminação do coronavírus.
As festas de confraternização 2021 serão diferentes daquelas do ano passado e muito diferentes das do ano anterior.
Temas
como covid, vírus, variante,
imunização e tantos outros relacionados à área da saúde já se tornaram parte do
vocabulário, porém o receio já não é dominante entre as pessoas com a
flexibilização das regras sanitárias.
Embora
boa parte da população esteja com esquema vacinal completo contra a covid-19, o
momento não é de relaxar. As pesquisas ainda não comprovaram que a nova cepa ômicron
pareça ser tão assustadora quanto o nome. Atualmente, o Brasil tem 19 casos
confirmados e investiga sete suspeitos.
Ainda
assim, autoridades da saúde pedem que a população mantenha os mesmos cuidados
desde o início da pandemia.
“Os
níveis de casos da doença em Goiás e no Brasil reduziram bastante. Temos de
estar em alerta porque a ômicron pode mudar o cenário epidemiológico, da mesma
forma que a delta. Por isso, é prudente que sejam mantidos o cuidado com a
vacinação, distanciamento, uso de máscara e evitar aglomeração”, orienta
o infectologista Marcelo Daher.
Segundo
ele, o surgimento da quinta variante pode ser explicada como uma forma de
sobrevivência do microorganismo. Esse processo pode ser, inclusive, favorável
às pessoas, principalmente com o aumento da proteção do corpo com os anticorpos
desenvolvidos pós-vacina.
“Mutação
é a incapacidade de um vírus produzir um clone de si mesmo. Então quando se
replica, ele acaba produzindo um vírus diferente do original. Isso tem
vantagens e desvantagens. Ele pode estar sob pressão seletiva e produzir vírus
que escaparão dela ou produzir um vírus incompleto, com menor capacidade de
infecção, de replicação”, explica o médico.
Imunização
A
vacina continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a Covid-19. A
enfermidade ainda não tem remédio com eficácia comprovada pela ciência,
portanto, a imunização é o que evita casos graves e mortes.
Coma
divulgação da descoberta ômicron no final de novembro e aumento de transmissão
outorgados a ela e com a proximidade do Natal e Réveillon, a busca pela segunda
dose tem aumentado em todo o País.
As
vans de “Vacinação” da Prefeitura de Goiânia, por exemplo, aplicaram 6,3 mil
doses de imunizantes contra a Covid-19 em duas semanas de funcionamento do
serviço, iniciado em 03 de dezembro, poucos dias após ao anúncio da nova
variante. A dose de reforço ou terceira dose estratégica, inclusive, auxilia no
combate à letalidade da doença.
Terceira dose
No
caso de crianças entre 5 e 11 anos de idade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou
a primeira aplicação de doses da Pfizer. Para a população em geral acima de 18
anos, a terceira dose funciona como um boom na produção de
anticorpos porque a imunidade diminui ao longo do tempo. De acordo com o
fabricante da Pfizer, a nova variante tem escape em relação a duas injeções da
vacina, mas é neutralizada com terceira.
“Já
se sabe que as três doses da vacina são eficazes, embora perca um pouco da
eficácia final, mas tem eficácia contra o vírus sim. Chega a 70%. Talvez não
reduza a capacidade de infecção, mas reduz a gravidade da doença, como vem
sendo observado em alguns casos. A vacinação tem o seu efeito, apesar de ter
sido diminuído com a ômicron”, complementa Marcelo.
O
boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) com
informações sobre a Covid-19 em Goiás datado de 16 de dezembro informa que
há 943.102casos da doença. Destes, há o registro de 912.720pessoas recuperadas
e 24.604 óbitos confirmados. No Estado, há 581.041 casos
suspeitos em investigação. Já foram descartados 293.192 casos.
Para
o cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya
Swaminathan, a ômicron é “muito transmissível” , mas o pânico é
dispensável porque “o mundo está mais bem-preparado com as vacinas
desenvolvidas desde o início da pandemia.