→ Ministério Público denuncia policial que atirou em menino de 6 anos na BR-070 │ ACONTECE HOJE

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O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou ontem, 16, o policial civil, Silvio Moreira Rosa de 53 anos, por tentativa de homicídio duplamente qualificada pela terceira vez. Ele foi denunciado por ter efetuado disparos, no último dia 6 de janeiro, contra uma família que viajava em um veículo e acabou acertando uma criança de 6 anos, em um trecho da GO-070, no distrito de Edilândia, município de Cocalzinho de Goiás. A criança permanece internada em estado grave de saúde em um hospital de Brasília.
Conforme o promotor de Justiça Eliseu Antônio da Silva Belo, o denunciado, que está preso na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), agiu por motivo fútil e impossibilitou o recurso de defesa das vítimas, o casal Erlon Caxias e Audicélia Paula Caxias e o filho deles, Luís Guilherme Coelho Caxias.
A defesa do policial ainda não se pronunciou sobre o caso.
Inquérito

De acordo com o inquérito policial, na ocasião, determinado ponto da GO-070 estava em manutenção e havia um revezamento de passagem de veículos, uma vez que uma das faixas da pista estava interditada.
Quando a família chegou próximo à interdição, Sílvio estava parado no acostamento e entrou bruscamente na frente do veículo das vítimas, para ter acesso à faixa única primeiro.
Em seguida, o policial reduziu a velocidade do carro que dirigia e fechou o veículo da família para impedir que fosse ultrapassado. Porém, Erlon não teve alternativa a não ser ultrapassar Sílvio, que estava quase parado na frente do carro da família.
Mais adiante, Sílvio indignado com a situação, foi ao encontro do veículo das vítimas em alta velocidade, tentando uma nova ultrapassagem, no entanto, conseguiu apenas se aproximar do carro. Momento em que efetuou cerca de três disparos em direção à traseira do veículo em que as vítimas viajavam. Um dos tiros atingiu o filho do casal, nas costas, que estava sentado em uma cadeirinha de segurança.
O pai do menino ao perceber que o filho tinha sido baleado, parou o carro para prestar socorro e percebeu que o atirador também havia parado o veículo. Neste momento, Erlon começou a gritar, assim como sua esposa. Ambos acharam que o filho estava morto.
Sílvio, ao perceber a gravidade do fato, fugiu do local e seguiu em direção a Águas Lindas de Goiás. Ele foi detido por policiais e Erlon em uma estrada de chão, uniformizado com uma camisa da Polícia Civil, distintivo e uma arma de fogo ainda nas mãos.
A criança foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada inicialmente para um hospital de Águas Lindas. Em seguida foi transferida para o Hospital Santa Helena, em Brasília, onde passou por uma cirurgia no tórax e segue internado.
O MP-GO informou que na hipótese da condenação de Sílvio, foi requerido que seja fixado um valor mínimo para reparação dos danos morais causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pela família, tendo em vista que não foram apenas de ordem material. Além disso, que seja declarada a perda do cargo público de policial do DF e a perca da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

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